A combinação dessas duas palavras “Cientificamente” e “Comprovado” se tornaram, praticamente, uma jogada de marketing. Diversos produtos estão tentando conquistar mais e novos consumidores através de comerciais que trazem a comprovação e indicação de médicos e cientistas para aumentar sua credibilidade e confiança diante de consumidor.
Por exemplo, os comerciais de sabonetes que dizem eliminar 99,9% dos germes e das bactérias. Uma das marcas coloca um asterisco, bem pequenininho, dizendo que essa porcentagem se refere à Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Já a outra marca não faz menção alguma sobre quais germes e bactérias sua ação é eficaz. De qualquer maneira, em ambos aparece a confirmação por médicos, ou seja, exsite a apelação para o conhecimento científico.
O número de bactérias e germes sobreviventes é de cerca 0,01%, segundo estudos realizados, certo? Em nosso dia-a-dia 0,01% é um valor, praticamente, insignificativo, certo de novo? Mas, levando-se em consideração que esses microorganismos não estão presentes em dezenas, mas sim em um número muito superior a isso, está aparente pequenina porcentagem, pode significar um número elevado de sobreviventes à ação desses sabonetes.
Muitas vezes se cria a ideia de que a ciência é perfeita e imutável, e quando se questiona o que é ciência as pessoas se lembram de esudos, pesquisas, porém quase nunca é mencionada a relação do himem com a ciência. Ela é feita por pessoas e para as pessoas. Sem o ser humano não exsitiria a ciência. Logo, como ela é um fruta de nosso trabalho ela é passível de mudanças, equívocos, de evolução.
Muitas vezes as mídias em geral, nos condicionam a algumas ideias por meio de suas manchetes sensacionalistas, como esta aqui publicada em uma revista: “Neutrino ‘mais veloz que a luz’ põe físicos em suspense” Entre a cautela e a apreensão, comunidade científica aguarda seminário nesta sexta que discutirá medições de partículas viajando a uma velocidade acima da luz. Caso sejam confirmadas, a física pode mudar para sempre. A revista traz depoimentos de físicos que trabalham nessa área, depois dessa manchete “catastrófica” eles escrevem que pode ser um erro sistemático, erro de medição, ou algum outro tipo de problema. Mas o que é mais interessante é que em momento algum a revista mostra o porquê de ser um problema se os neutrinos tiverem velocidade acima da velocidade da luz... Na verdade, para nós, isso não seria problema nenhum, o que aconteceria é que a teoria vigente teria que ser revista e assim os cientistas estariam envolvidos em tentar propor uma nova forma de explicar o que acontece.
Não é o fim do mundo uma teoria científica estar errada. Pode ser que essas altas velocidades ainda não tivessem sido detectadas por falta de equipamentos precisos o suficiente. Pode ser realmente um erro experimental... Tudo isso acontece quando se faz pesquisa, o erro e o acerto fazem parte das descobertas.
Um exemplo disso é a idéia de que a Terra fosse o centro do Universo, o que explicava muito bem os dias e as noites, os eclipses... Só quando se observou a estranha órbita de Marte é que esta teoria foi colocada em teste, mas ai a comunidade da época encontrou uma maneira de continuar com o geocentrismo explicando o movimento errante de Marte (este será um tema de nossas futuras discussões!). A Terra no centro durou muitos anos, até que fosse aceito pela comunidade científica e pela sociedade o heliocentrismo (Sol no centro). E hoje, graças a tecnologia vemos que nem o Geocentrismo nem o Heliocentrismo estão corretos, e sim que nosso sistema está num dos braços da galáxias!
Neste post de inauguração gostaríamos de analisar, ainda que superficialmente, a natureza das ciências. Nosso recado é que olhemos para ela com uma maneira mais cuidadosa, não aceitando tudo aquilo que a mídia nos traz. Antes de tomar partido, vamos pesquisar, entender um pouco mais sobre o assunto, antes de emitirmos nosso julgamento!!
Hoje, ficaremos por aqui.
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